JOGAR COISAS FORA – Por Emílio Figueira / MiniCrônica – 03

#pracegove – fundo cinza claro, um cesto cheio de papéis amassado como bolinha e uma mão jogando mais uma nele. Foto: Reprodução

Como todo mundo, eu tenho meus momentos de canseira, de estresse mental, de me perder em minhas ideias. Ficar indeciso em qual projeto seguir ou começar. E como vocês sabem, esses momentos são realmente cansativos por serem, ao mesmo tempo, geradores inconscientes de muita ansiedade.

A raça humana tem muita capacidade de se autoadaptar e encontrar saída para a situações mais inusitadas. Quando estou assim, começo a arrumar gavetas, abrir pasta por pasta, jogar papéis acumulados já sem utilidade. Limpar e organizar os livros da estante, separar os títulos que não me interessam mais para doá-los. Vou reorganizar pastas e arquivos no computador, deletar os que não me interessam mais.

Extrapolo os limites de meu escritório particular e vou reorganizar minha cômoda de roupas, separo as peças também para doação. Como sempre repassei às outras pessoas, objetos que não estão me servindo. Fico apenas com aquilo que realmente é útil para o meu dia a dia.

Ao longo do tempo fui me descobrindo como um minimalista. O minimalismo é a arte da simplicidade. Ter menos coisas e aproveitar a liberdade que isso nos proporciona. Penso que aprendendo a ser mais simples, seríamos mais felizes com aquilo que temos, sem o processo frenético de queremos ter cada vez mais, acumuladores conscientes ou mesmo inconscientes, alimentando egos com falsas ilusões da alegria de possuir. Sem fazer juízo de valores, o minimalismo vai contra a tendência geral da nossa sociedade ocidental consumista.

Voltando ao início da prosa, todas às vezes que faço essas arrumações físicas, são como fazer uma arrumação mental. Minha cabeça fica leve e ideias brotam, apontam-me novos rumos e projetos que realmente valem a pena seguir.

A única diferença entre elas é que as coisas materiais que não me têm mais serventia, eu repasso para quem precisa. As confusões mentais e ansiedades momentâneas que me incomodam, jogo simbolicamente fora. Ufa, que alívio!

Até mais vê!

5 Comentários

Olá, ficarei muito feliz se você puder comentar este texto.
Um abração!
Emílio Figueira

  1. Obrigado Emílio!! Aprendendo muito com suas crônicas!! Deus abençoe!!

    ResponderExcluir
  2. Sou muito acumulador, preciso aprender um pouco com vc, amigo.

    ResponderExcluir
  3. Eu também tenho pensado sobre a simplicidade. Ser mais e ter menos. O ter é tudo vaidade.
    Gostei muito da sua crônica. Deus continue abençoando a sua vida

    ResponderExcluir
  4. Estou tentando deixar de ser acumuladora.Quando faço doação não. Mas ainda assim está difícil organizar, meus pertences, minha mente, minha vida. É bom te ouvir e meditar sobre isso. Obrigada Vera Aragão

    ResponderExcluir
  5. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Olá, ficarei muito feliz se você puder comentar este texto.
Um abração!
Emílio Figueira

Postagem Anterior Próxima Postagem