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#pracegove – fundo cinza claro, um cesto cheio de papéis amassado como bolinha e uma mão jogando mais uma nele. Foto: Reprodução |
Como todo mundo, eu tenho meus momentos de canseira, de
estresse mental, de me perder em minhas ideias. Ficar indeciso em qual projeto
seguir ou começar. E como vocês sabem, esses momentos são realmente cansativos
por serem, ao mesmo tempo, geradores inconscientes de muita ansiedade.
A raça humana tem muita capacidade de se autoadaptar e encontrar
saída para a situações mais inusitadas. Quando estou assim, começo a arrumar
gavetas, abrir pasta por pasta, jogar papéis acumulados já sem utilidade.
Limpar e organizar os livros da estante, separar os títulos que não me
interessam mais para doá-los. Vou reorganizar pastas e arquivos no computador,
deletar os que não me interessam mais.
Extrapolo os limites de meu escritório particular e vou
reorganizar minha cômoda de roupas, separo as peças também para doação. Como
sempre repassei às outras pessoas, objetos que não estão me servindo. Fico
apenas com aquilo que realmente é útil para o meu dia a dia.
Ao longo do tempo fui me descobrindo como um minimalista. O
minimalismo é a arte da simplicidade. Ter menos coisas e aproveitar a liberdade
que isso nos proporciona. Penso que aprendendo a ser mais simples, seríamos
mais felizes com aquilo que temos, sem o processo frenético de queremos ter
cada vez mais, acumuladores conscientes ou mesmo inconscientes, alimentando
egos com falsas ilusões da alegria de possuir. Sem fazer juízo de valores, o
minimalismo vai contra a tendência geral da nossa sociedade ocidental
consumista.
Voltando ao início da prosa, todas às vezes que faço essas
arrumações físicas, são como fazer uma arrumação mental. Minha cabeça fica leve
e ideias brotam, apontam-me novos rumos e projetos que realmente valem a pena
seguir.
A única diferença entre elas é que as coisas materiais que
não me têm mais serventia, eu repasso para quem precisa. As confusões mentais e
ansiedades momentâneas que me incomodam, jogo simbolicamente fora. Ufa, que
alívio!
Até mais vê!
Obrigado Emílio!! Aprendendo muito com suas crônicas!! Deus abençoe!!
ResponderExcluirSou muito acumulador, preciso aprender um pouco com vc, amigo.
ResponderExcluirEu também tenho pensado sobre a simplicidade. Ser mais e ter menos. O ter é tudo vaidade.
ResponderExcluirGostei muito da sua crônica. Deus continue abençoando a sua vida
Estou tentando deixar de ser acumuladora.Quando faço doação não. Mas ainda assim está difícil organizar, meus pertences, minha mente, minha vida. É bom te ouvir e meditar sobre isso. Obrigada Vera Aragão
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Emílio Figueira