Como dizer a alguém que,
numa dessas distraídas esquinas da
vida,
ela passou e meus olhos brilharam
repentinamente?
Como dizer a alguém que,
serenamente meus pensamentos foram
encantados pelo seu delicado andar?
E que o seu caminhar continua a
invadir-me poeticamente meus dias e
semanas?
Como dizer a alguém que,
continua-as a habitar minha
imaginação,
mesmo ausente deste silencioso jardim
solitário?
Alguém que se tornou uma borboleta
azul,
revoado meus sonhos, meus desejos de
ser amado,
sempre pousando delicadamente em
meus sentimentos mais sinceros e
puros?
Como dizer a alguém que,
ao abrir meus olhos no despertar das
manhãs,
seu sorriso vem à mente como em um bom dia?
Que seu ser acompanha-me nas tarefas
corriqueiras?
E no meu deitar em noites tranquilas,
meu coração almeja dar-lhe boa noite?
Como dizer a alguém que,
minha vontade é encher meu jardim de
violinos
e, ao vê-la em um lindo vestido
branco,
tirá-la para dançar uma delicada valsa
perene
pelo resto dos dias de nossas
existências?
Como dizer a alguém que,
seus olhos despertam-me vontades
adormecidas?
Seu sorriso me traz confiança para me
permitir,
após uma caminhada longa em busca de
ser feliz?
Cuidar e ser cuidado em uma vida compartilhada,
na jornada de mãos dadas nos dias
ensolarados,
em confissões só nossas nas noites
enluaradas?
Como dizer a alguém que,
meu coração voltou a gritar diante de
seu terno rosto?
Minha alma clama por conhecer a sua em
um só poema?
E que esse grito sufocado por tanta espera,
pede-me para
retirá-la de meus desejos e sonhos
sublimes e começar a
viver uma linda e verdadeira história
de amor!
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Emílio Figueira