VONTADE REPENTINA – Emílio Figueira / Poesias



De repente, deu-me uma vontade de fazer um soneto,
daqueles que chegam de surpresa, alegrando a face.
Como o frio céu claro de um dia limpo de outono
que se transforma quando se renovam as esperanças.

De repente, deu-me uma vontade de reencontrá-la,
num repente, num presente e sem passado.
Beber vinho. Contemplá-la. Falar ou ficar calado.
Ser amigo. Confidente. Real namorado.

De repente, quero ver seu cabelo solto ao vento,
sua pele cheirando a flores. Rosto refletindo a lua.
Seus sentimentos. Suas vontades descobertas e nuas.

De repente, deu-me uma vontade de rever o seu sorriso.
Rendei-me ao carinho. Ser somente seu, sendo minha.
Porque, de repente, deu-me uma vontade de ser feliz.

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Emílio Figueira

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