Revelando os ataques que sofre desde 2019 por lutar pela Inclusão no Brasil, Emílio Figueira relembra os estudos do psicanalista francês Pierre Fédida. Ele dizia que a imagem da pessoa com deficiência muitas vezes é como um “espelho perturbador” na sociedade. Incomoda por trazer à tona medos inconscientes, a impotência em reconhecermos nossas próprias deficiências, nossas próprias debilidades. Essa imagem perturbadora derruba falsos conceitos que somos perfeitos, falsas sensações de beleza. E muitos querem evitar ficar de fronte a uma pessoa com deficiência justamente para não perturbá-los em seus egos fragilizados e inseguranças mais secretas.
Por fim, refletindo sobre esses ataques em geral, Figueira lê um trecho de seu livro de ensaios psicanalíticos “Quando Narciso Tentou Assassinar a Democracia”:
“Em suma, as redes sociais se tornaram grandes divãs coletivos, onde atos racistas, homofobias, ódios e preconceitos, psicanaliticamente, falam menos das vítimas e muito mais de quem manifesta intolerância. Eles se revelam pessoas infelizes, com históricos de sofrimentos que contribuíram com sua baixo autoestima. E ao atacarem o outro, sem perceber, essas pessoas expõem publicamente suas próprias fragilidades, mutilações psíquicas e profundas limitações mentais.”
#emiliofigueira
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Emílio Figueira