Ontem comemorou-se os oitenta anos do Rei do Futebol. No meu
livro “MEMÓRIAS DE UM TIPÓGRAFO”, citei que tenho em meu acervo uma réplica
oficial da primeira camisa 10 usada pelo Pelé. Muita gente tem me perguntado
sobre essa réplica e o porquê a possuo. Resolvi contar nesta crônica minha
relação com essa camisa e uma oportunidade de recontar a história de como e
onde o Rei do Futebol realmente iniciou sua carreira no Bauru Atlético Clube, o
carinhoso BAC.
Essa história começa em abril de 1989, quando mudei de Guaraçaí
para Bauru. Eu já era jornalista, mas com apenas 19 anos queria me divertir.
Aos domingos à noite havia uma Domingueira Dançante nas dependências do BAC.
Com o meu já falecido tio Edson, pegávamos um ônibus até o centro da cidade e
subíamos nove quarteirões a pé até o clube. De fato, era muito animado,
divertido, havia milhares de jovens. E quase sempre eu e meu tio tínhamos que
descer os nove quarteirões correndo para não perder o último horário de ônibus
para o nosso bairro. Era uma deliciosa aventura!
No início de julho uma nota intitulada “A noite do Adeus”
publicada no Jornal da Cidade, anunciava o final das Brincadeiras Dançantes.
Sem pretensão nenhuma, dias após escrevi uma crônica nesse mesmo jornal
defendendo a continuidade das mesmas e sua importância para nós jovens.
Ocorreram outras manifestações a favor. E para minha surpresa, recebi em minha
residência uma carta-ofício do clube dizendo:
“Foi, também, em função do seu estímulo que resolvemos
continuar. Queremos, inclusive, convidá-lo para a próxima DOMINGUEIRA. Você
será nosso convidado especial e receberá a camisa 10 do BAC. Obrigado”. A carta
era assinada por várias autoridades, entre elas o presidente do clube José
Pedro Macéa, o saudoso Pedrão que depois foi um grande amigo.
Realmente foi uma noite muito agradável, animada pela banda
Rádio Taxi. Na cerimônia recebi de presente do Bauru Atlético Clube, essa
réplica da primeira CAMISA 10 usada pelo Pelé. Só depois fiquei sabendo que
Isso era quase uma honraria que o BAC dava às pessoas de destaques e tenho tudo
documentado em ofício e matérias de jornais da época.
Publicado em 24/10/2020
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Emílio Figueira