Por ZAP – Portugal – 15 de julho de 2018
O escritor e cientista Emílio Figueira já publicou mais de 70 livros. Uma quantidade impressionante, especialmente para alguém com paralisia cerebral, causada por uma asfixia durante o parto.
Há muitos mitos sobre a paralisia cerebral. Um deles, talvez o mais difundido, é o déficit de habilidades intelectuais, uma vez que nem todas as pessoas com paralisia cerebral apresentam deficiência intelectual. É o caso de Emílio Figueira, que publicou mais livros do que a maioria das pessoas sem essa condição.
O escritor publicou o seu primeiro livro – uma compilação de 56 poesias românticas – aos 16 anos. Desde então, apesar das suas limitações motoras, escreveu 150 livros, mas nem todos foram publicados. O escritor publicou “apenas” 74 livros e queimou 40, por considerá-los apenas um exercício de estilo e ritmo de escrita.
Como dramaturgo, escreve peças para teatro, roteiros para cinema e televisão.Sempre muito curioso, inquieto, apaixonado por coisas novas, Emílio Figueira frequenta cursos e workshops de artes plásticas, música e história da arte, além de pintar quadros e coleccionar prémios.
É mais fácil entender a vasta obra do escritor espreitando a formação de Emílio Figueira. Tem licenciaturas em Jornalismo, Psicologia e Teologia, dois doutoramentos e outros cursos de pós-graduação.
Emílio Figueira é professor e conferencista de pós-graduação em temas que atravessam a Psicologia e a Educação Inclusiva, oferecendo treinos online para professores. O cientista ajudou a formar 22 mil professores no Brasil e no estrangeiro, a maioria dos quais das regiões Norte e Nordeste do país.
“Gosto de questionar os meus pensamentos limitantes. Sempre que dizem que não sou capaz de fazer algo, vou lá e faço, mesmo que não seja exactamente como as demais pessoas o fariam, mas faço à minha maneira”, conta o escritor, com o sorriso de alguém que ainda tem muitos objectivos a alcançar.
Emílio Figueira narra a sua história no livro Confissões de Um Bom Malandro, que está disponível gratuitamente na versão digital.
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Emílio Figueira